21 de jun. de 2009

The one you have not seen



Parei e olhei o céu. Eram quase cinco horas e as nuvens carregadas aproximavam-se furiosamente. Soube desde então que iria chover mal chegasse a casa.
Demorou dez minutos para que caísse com toda a força. Enquanto isso já tinha corrido até ao último andar e tirado a roupa da corda. Por sorte apanhei-a toda enxuta.Sabia que teria de dar explicações caso se tivesse molhado parcialmente.
Tinha agora menos de uma hora para aprontar tudo até à sua chegada. Fora sempre assim.
Peguei num pano seco e humedeci-o. Limpei degrau a degrau. Como todos os outros dias, lá estavam os vinte e cinco degraus. Lavei a loiça que havia sujado ao lanche e sentei-me no sofá ligando a televisão. Uns cinco minutos depois ouvia-se o puxador da porta a rodar.

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Despertei com a música. Decerto seria Domingo. E pela música deduzi facilmente o seu estado de espírito. Pouco depois, surgiriam as vozes que me fariam encolher e tremelicar debaixo dos lençóis. Por quanto tempo mais fecharia os olhos, taparia os ouvidos e fingiria sermos uma família feliz? Por mais uns doze anos...
Ela entrou no meu quarto, e mesmo vendo-me fingida ainda a dormir, ordenou-me que me levantasse e arrumasse os quartos. Não fosse o meu sono enfurecê-lo ainda mais.
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Tracing thoughts which lead me back to the beginning.
Although I’m not able to say when it all did started, I’ll assume it was since the very right beginning.
Was it my ever first gulp of air?
Or my ever first step?
Did I fall too hard from that stairs?
Or is just simply because I’m the youngest?
Was I too over-protected?
Or was I just too coward?
Was it me?
Or was it the standards acquired?
Was it the piano lessons I never had?
Or the girly toys I was only allowed to wish?
Were my brother’s kicks too rough?
Or was just because he'd always let me win?
Was it me.
It has always been me.
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5 de jun. de 2009

It's rainning cats and dogs!

4 de jun. de 2009

"Há pensamentos que estralhaçam o espírito, pensamentos de uma força e fealdade tais que nos corrompem mal começamos a pensar neles. Eu tinha medo daquilo que sabia, medo de mergulhar no horror daquilo que sabia, e, por isso, quando pus o pensamento em palavras, já era demasiado tarde para que as palavras me fizessem algum bem."
"As coisas que vemos não são, em si mesmas, aquilo que vemos... de tal modo que, se renunciássemos ao sujeito e à forma subjectiva dos nossos sentidos, todas as qualidades, todas as relações dos objectos no espaço e no tempo e mesmo o próprio espaço e o próprio tempo, desapareceriam."